sexta-feira, 18 de abril de 2014

On 07:40 by UAN Noticias   No comments

A escola de samba, Mocidade Alegre de São Paulo hoje e uma das maiores agremiações do samba brasileiro. A cada ano a escola presidida por Solange Cruz Bichara Rezende tem demonstrado profissionalismo e feito apresentações impecáveis servindo com certeza de exemplo para outras escolas de samba do Brasil de como se administra uma escola de samba.

Neste ano a escola faturou novamente mais um titulo no carnaval de São Paulo, a escola do bairro do Limão, conquistou o tricampeonato com o enredo “Andar com fé eu vou que a fé não costuma falhar” conquistou os holofotes com a escola de joelhos em determinado trecho do desfile no sambódromo.

Conheçam um pouco da historia desta grande escola de samba, texto que esta na pagina oficial da escola.

“No Natal de 1948, chegava a São Paulo – procedente de Campos (RJ) – com um pequeno grupo de amigos, Juarez da Cruz, que em pouco tempo teria participação fundamental no desenvolvimento do Carnaval de São Paulo.

Em 1950 Juarez, seu irmão Salvador da Cruz e mais dois amigos resolveram sair no Carnaval vestidos de mulher. Saíram no sábado e só voltaram na Quarta-feira, para desespero de suas esposas e filhos. Nos anos seguintes o bloco foi aumentando, com a presença de outro irmão, Carlos.

Em 1958, o então prefeito Jânio Quadros iniciou um projeto de recuperação dos bondes e ônibus da capital, com forte publicidade, e os coletivos reformados passaram a circular com os dizeres “Primeiros Bondes Recuperados pela Prefeitura”.

Os integrantes do Bloco, num ato de grande irreverência carnavalesca, clamavam pela reabertura dos prostíbulos do Bom Retiro – fechados oito anos antes pelo governador Lucas Nogueira Garcez – onde trabalhavam as “mariposas”. E o bloco saiu com o nome de Bloco das Primeiras Mariposas Recuperadas do Bom Retiro, bairro em que Juarez e seus amigos moravam. Esse é um dos reais motivos para a notória proibição das mulheres no bloco, embora a maior parte dos componentes fosse casada.

Por imposição de um dos componentes do grupo, que se recusou a sair fantasiado de mulher, no ano de 1963, eles saíram de palhaços e percorreram a Avenida São João, onde a Rádio América promovia o Carnaval de rua com exclusividade. Enquanto o bloco passava em frente ao palanque armado próximo ao Cine Paissandu, o locutor Evaristo de Carvalho disse em alto tom: "É um bloco muito alegre, um bloco de sujos, como existem muitos no Rio de Janeiro...”.

Ao sentarem na esquina da São João com Conselheiro Crispiniano, aquela frase não saía de suas cabeças. Estavam no meio-fio, descansando, quando resolveram dar um nome ao bloco. Entre muitas sugestões o escolhido foi Mocidade Alegre, já que ao se apresentarem eles evocaram na lembrança do locutor os melhores tempos do Bloco Carnavalesco Mocidade Louca, de Campos e "alegre" foi o adjetivo usado para apresentá-los ao povo.

Outra grande novidade no Bloco das Mariposas, no mágico desfile de 1963 foi a presença, pela primeira vez, de uma mulher: Neide, esposa do Sr. Salvador Cruz, vestiu a fantasia de palhaço e foi para a avenida.

Juarez da Cruz trabalhava no supermercado Peg Pag desde 1955. No ano de 1964, um dos diretores, o francês François Bellot, casado com uma norte-americana, solicitou a presença do bloco em sua residência no carnaval do ano seguinte.

Em 1965 o bloco, agora com a participação de esposas e filhos, saiu de gregos. Entusiasmados, Bellot sugeriu a Juarez que aumentasse o número de componentes do Bloco e se preparasse para desfilar em Santos, onde a secretaria de turismo preparava um Carnaval de rua organizado - o que não ocorria aqui em São Paulo.

A rede de supermercados colaboraria, solicitando aos seus fornecedores de aves que cedessem as penas, o tema escolhido era índios astecas.

A lavanderia da organização cuidaria dos sacos de aniagem, antes embalagens de batatas, e que agora serviriam para a confecção das tangas. Os funcionários do departamento de Promoção cuidariam dos desenhos das fantasias dos índios latino-americanos.

Em 1966, foi escolhida a fantasia de espantalho. Para a confecção das fantasias foram comprados cetins, tafetás e sedas, recortadas posteriormente em tiras. O dinheiro foi arrecadado a partir de um livro de ouro assinado pelos diretores e fornecedores do Peg Pag e da rifa de um carro.

Mas, ao passarem perto dos componentes de uma escola de samba no Ibirapuera, numa promoção da Rádio Record, alguns ouviram um comentário nada delicado. Mais ou menos isso, entre espanto e total surpresa: "Que escola é esta! Toda esfarrapada. Que mau gosto..."

A Questão é que os autores da maledicência não sabiam diferenciar uma escola de um bloco. E que os tais "farrapos" tinham custado mais caro do que suas pretensas luxuosas fantasias.

Desde seu início, a Mocidade Alegre provocou os mais diferentes comentários, assim ocorreu em 1966, quando Phillipe Aladin, presidente do Supermercado Peg Pag, convidou o grupo para uma festa em sua residência.

Os funcionários que não desfilavam no bloco dividiram-se em duas correntes, uma chamava os componentes de "puxa-saco" outra que criticava o presidente por ter recebido em sua casa um bando de "negros pinguços".

Em 1967, o tema escolhido foi “Romanos”: os homens vestidos de gladiadores, com fantasias de pele de carneiros; e as mulheres tranças de damascos na cabeça.”

Fonte: Mocidade Alegre




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